Moenda de cana: o coração da indústria sucroalcooleira
Moenda de cana: o coração da indústria sucroalcooleira
Que tal um bom copo de garapa gelada com limão? Sabe aquela engrenagem que o garapeiro girou com a manivela? Pois, numa usina, há moendas que usam engrenagens com alguns metros de diâmetro. São chamadas de volandeiras. Outras usinas acionam suas moenda de cana com sofisticados redutores planetários.
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, seguido pela Índia. Não à toa: os primeiros estabelecimentos industriais do país foram os engenhos de açúcar ainda na época das Grandes Navegações, quando foram trazidas as primeiras mudas da gramínea. Hoje, a tecnologia assegura uma eficiência de quase 100%, tornando a indústria sucroalcooleira uma das mais bem-sucedidas do país.
Descubra no post a seguir a importância da manutenção nas engrenagens da moenda de cana para assegurar a eficiência da usina e garantir excelentes resultados.
Liderança mundial e sustentabilidade
Derivados da commodity compuseram o terceiro maior grupo exportado em 2017, colaborando com os resultados economicamente favoráveis do agronegócio brasileiro. Por sua vez, o setor agropecuário foi considerado o responsável por mitigar os impactos negativos da crise política.
Conforme relatório periódico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a perspectiva é de que a área plantada com cana-de-açúcar em 2018 diminua em média 3,3%. Deve-se reduzir também a produção de açúcar e de etanol. Essa retração, porém, deve-se a fatores econômico-financeiros. Uma vez que, em 2017, os preços acabaram diminuindo em função de relativo excesso de produção.
Compromissos assumidos pelo país para que se reduza a emissão de gases de efeito estufa, notadamente o CO2 oriundo da queima de combustíveis fósseis, culminaram na sanção do RenovaBio pelo presidente Temer, em 27 de dezembro de 2017. Para 2018, portanto, espera-se que o setor sucroalcooleiro receba estímulos fiscais e aportes monetários.
Nesse sentido, considera-se a cana-de-açúcar como uma alternativa de vulto para o setor de biocombustíveis, justamente em função da elevada capacidade produtiva do Brasil na produção de etanol e seus subprodutos, bem como da crescente demanda mundial por combustíveis provenientes de fontes renováveis.
A notável eficiência das usinas permite sua atuação como geradoras de energia elétrica a partir do bagaço que, além de contribuir para a diversificação da matriz energética nacional, proporciona a sustentabilidade da cadeia produtiva da cana.
Por trás desses excelentes resultados, estão máquinas de moenda de cana. Sem as quais a marca de 98% de eficiência na moagem e o aproveitamento quase integral dos produtos e subprodutos do processo operacional não seriam possíveis.
A importância da moenda de cana
Tipicamente, o fluxograma de uma usina de cana tem poucas variações, dividindo-se principalmente nas seguintes etapas:
- Recepção, preparo e moagem
- Peneiramento e tratamento do caldo
- Fábrica de açúcar
- Destilaria de etanol
- Utilidades (geração de energia)
- Disposição de efluentes
- Estocagem do produto
Como se nota, da moagem dependem as demais etapas. Assim, a qualidade do maquinário da moenda de cana é crucial para a eficiência do processo produtivo sucroalcooleiro como um todo.
Após passar por uma lavagem, um conjunto de facas e um desfibrador, a cana uniformizada é transportada para as moendas. Também conhecida como terno de moagem, a moenda de cana é composta de base, castelos, mancais, bagaceira, pentes e rolos esmagadores. Trata-se de equipamentos de alta pressão e baixa velocidade. Em geral, usam-se 4 a 5 ternos por unidade fabril.
A cana desintegrada passa por uma sequência de ternos de moenda de cana para a extração do caldo. Após esse processo, ainda resta um pouco de sumo no interior da matéria vegetal moída. A qual é extraída na etapa de embebição. Que recebe esse nome por exigir o aporte de água para se realizar a extração do caldo restante.
O resultado do processo de moagem são dois produtos: bagaço e caldo. Esse é então peneirado e encaminhado para a fábrica de açúcar ou de álcool. Já o bagaço é queimado nas caldeiras da usina para o acionamento das turbinas de energia que as mantêm em funcionamento.
Desse modo, quase a integridade da cana é aproveitada, num sistema produtivo altamente eficiente e sustentável. Entretanto, visando a que o bom funcionamento seja mantido, as múltiplas engrenagens que compõem as usinas devem ter excelente manutenção.
A manutenção da moenda de cana é essencial
Conforme se nota, a moagem da cana é o coração da produção de açúcar e álcool. A fim de manter a excelente relação entre a quantidade de biomassa que entra na fábrica e o produto obtido, é essencial que se realize a manutenção dos equipamentos.
Existem diversos tipos de moenda de cana disponíveis no mercado. E a tomada de decisão quanto à aquisição de uma ou de outra deve pautar-se em aspectos técnico-financeiros que ofereçam as melhores relações custo-benefício nos mais diversos âmbitos, especialmente na manutenção.
Isto é, os técnicos responsáveis devem conhecer bem as características dos equipamentos utilizados. Para que possam tomar medidas acertadas de modo a garantir o bom funcionamento da fábrica.
Se a moenda de cana é o coração da usina. Então os óleos lubrificantes são o “sangue” que mantém o sistema saudável. Da mesma maneira que, em um check-up de saúde, se realizam exames de sangue. Análises periódicas da qualidade dos óleos que lubrificam as máquinas permitem a detecção de problemas no processo produtivo.
Dessa maneira, é possível adotarem-se medidas para restabelecer a funcionalidade integral do óleo. Prevenindo algum mau funcionamento ou pane das moendas. O que pode comprometer a produção ou até ocasionar acidentes de trabalho.
O monitoramento da qualidade dos óleos, bem como outras técnicas de manutenção preditiva, pode ter impacto muito favorável nos resultados obtidos. Clique aqui para conhecer um dos nossos casos de sucesso em que a análise de óleo periódica ajudou na melhoria da performance da colheita da cana.
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